A LIPOR E A GESTÃO DE RESÍDUOS

1. Que entidades estão envolvidas na Gestão dos nossos resíduos?

A gestão de resíduos (recolha, limpeza, contentorização, etc.) é da responsabilidade do seu município de residência, contudo este serviço pode ser concessionado a uma empresa de prestação de serviços que pode ficar responsável pela gestão do processo. A receção, tratamento e valorização dos seus resíduos é sempre da responsabilidade da Lipor.

2. O que é a Lipor?

A Lipor é a entidade responsável pela receção, tratamento e valorização dos resíduos urbanos produzidos nos municípios de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde. Trata cerca de 500.000 toneladas de resíduos anualmente, servindo perto de 1.000.000 de habitantes.

3. Que vantagem tenho em separar os resíduos?

A separação de resíduos permite a sua reciclagem, proporcionando vantagens de carácter ambiental e económico, em particular a economia de energia, a poupança de matérias-primas e preservação de recursos naturais, a reintegração das embalagens no mercado, facilitando uma economia circular. A separação de resíduos permite igualmente a redução da quantidade de resíduos urbanos enviados para aterros sanitários ou para valorização energética.

4. Eu já pago a taxa de resíduos, porque tenho de separar?

A taxa de resíduos é aplicada ao cidadão pelos serviços municipais, para suportar parte dos encargos com os custos de gestão e tratamento de resíduos, custos esses associados maioritariamente ao tratamento de resíduos indiferenciados, ou seja, que não foram separados pelo cidadão. Se separar os seus resíduos, estes podem ser entregues gratuitamente na Lipor, reduzindo desta forma os encargos do município com o tratamento, evitando subidas da tarifa e em muitos casos permitindo a sua redução.

5. Se eu separar os resíduos vou pagar menos?

Os resíduos separados pelo cidadão são tratados gratuitamente pela Lipor, reduzindo os custos do município com o processo de gestão de resíduos e permitindo uma afetação ao cidadão dos custos reais da operação, o que em breve permitirá um reconhecimento e valorização dos cidadãos que participam ativamente no processo, quando comparados com os que não separam os seus resíduos.

6. Porque estão a gastar tanto tempo e dinheiro com este processo?

Para além da valorização do território, da qualidade de vida e do ambiente, a legislação comunitária e nacional apresenta metas ambiciosas relacionadas com a reutilização e reciclagem e que se pretende ver cumpridas até 2020. Sem a disponibilização aos cidadãos de metodologias de recolha mais próximas e eficazes, não será possível alcançar as metas definidas, pelo que se exige a colaboração e empenho de todos.

7. Há pessoas que não pagam taxa de resíduos, porquê?

A taxa de resíduos em Portugal é aplicada em associação à fatura da água, pelo que em consequência, os cidadãos que não têm acesso a água da rede pública não se encontram integrados no sistema tarifário. Estão a ser debatidos a nível nacional métodos mais eficazes que permitam uma maior equidade e justiça no sistema tarifário.

8. Eu separo e depois vai tudo misturado no camião?

A recolha de resíduos recicláveis é realizada por camiões bifluxo, ou seja, com dois compartimentos interiores em que a carga pode ser separada. A única situação em que pode ocorrer mistura de frações de resíduos é quando a recolha é efetuada em sacos, pelo que a separação está garantida à partida. Nestes casos as viaturas utilizadas para a recolha são de menor dimensão e capacidade.

9. Depois da recolha, para onde vão os resíduos separados?

Após a recolha de resíduos recicláveis, estes são encaminhados para o Centro de Triagem da Lipor, onde são preparados para posterior reciclagem. Esta preparação consiste na triagem complementar e acondicionamento por categoria e tipologia de resíduo, permitindo o seu encaminhamento para a indústria de reciclagem adequada.

10. Posso visitar o Centro de Triagem?

A Lipor organiza visitas ao Centro de Triagem para grupos organizados, de 3ª a 6ª feira, realizando em média 3 visitas diárias. Caso queira visitar a Lipor basta contactar-nos via portal – www.lipor.pt ou através do número de telefone 229 770 100 e agendamos consigo a melhor data e período para o efeito.

11. Devo lavar as embalagens?

Não há necessidade de lavar as embalagens, basta escorrer todo o conteúdo e colocá-las no contentor do ecoponto mais adequado. Caso se sinta mais confortável, pode sempre enxaguar a embalagem com a água de lavar a louça.

12. Porque não posso separar todo o tipo de vidro?

O vidro embalagem, que pode ser colocado nos ecocentros e ecopontos, tem uma composição específica. A sua recolha pressupõe que o mesmo venha a servir, como casco, para produzir novamente vidro de embalagem, sendo que no seu processo de reciclagem, é necessário garantir que não há a adição de nenhum outro tipo de material que possa contaminar esse casco. A composição de outros tipos de vidro, não permite a sua integração neste processo.

13. Onde devo colocar os pacotes de leite, os copos de plástico e de café?

Os materiais indicados devem ser encaminhados para o contentor amarelo do ecoponto.

14. Posso separar os frascos de perfume e as embalagens de cosméticos?

Os frascos de perfume e embalagens de cosméticos em vidro, podem ser depositadas no vidrão, contudo, caso a embalagem em causa seja de plástico, deve ser encaminhada para o embalão.

15. Posso colocar as lâmpadas no contentor verde do ecoponto?

As lâmpadas não devem ser colocadas no vidrão. Este tipo de resíduo deve ser encaminhado para ecocentros ou para pontos de recolha de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE’s). Pela sua composição e perigosidade, evite igualmente colocar este tipo de resíduo no contentor para resíduos indiferenciados.

16. E os óleos alimentares usados, podem ser separados?

Os Óleos Alimentares Usados (OAU) podem ser separados em contentores específicos para o efeito e que podem ser encontrados junto a alguns ecopontos e em locais de acesso público. Podem também ser entregues nos Ecocentros.

17. O que acontece aos resíduos que não são separados?

Na área de intervenção da Lipor, os resíduos que não são separados pelos cidadãos e que correspondem na atualidade a cerca de 79%, são encaminhados para a Central de Valorização Energética, onde são queimados de forma controlada, processo este potenciado para a produção de energia elétrica, que para além de manter a unidade com autonomia energética, permite a injeção na rede de eletricidade suficiente para abastecer cerca de 150.000 habitantes. Em Portugal a solução mais utilizada para os resíduos indiferenciados, contínua a ser o Confinamento Técnico, vulgo aterro sanitário.

18. Posso colocar à recolha outros resíduos como eletrodomésticos, sofás, móveis, colchões?

Este tipo de resíduos pode ser entregue de forma gratuita nos ecocentros, contudo, a maioria dos municípios ou Juntas de Freguesia disponibiliza um serviço de recolha específica e calendarizada para estes fluxos. Para verificar a existência do serviço e o seu funcionamento, deve utilizar os contactos municipais disponibilizados nos suportes de comunicação entregues.

19. Que contactos devo utilizar em caso de dúvidas de separação?

Para esclarecer dúvidas relativas à separação multimaterial de resíduos, pode contactar a Unidade de Educação e Formação Ambiental através do email – uefa@lipor.pt ou utilizar a Ecolinha – 800 200 254.

20. Que contactos devo utilizar para assuntos relacionados com o serviço de recolha?

Para assuntos relacionados com o seu serviço de recolha de resíduos, deve utilizar os seguintes contactos municipais:

Espinho – 227 335 866

Gondomar – 800 200 129

Matosinhos – 800 301 234

Porto – 800 205 744

Póvoa de Varzim – 800 272 624

Valongo – 800 202 099

Vila do Conde – (número a confirmar)

21. Os sacos compostáveis podem ser colocados no Contentor Castanho, dos Resíduos Alimentares?

A ausência de contaminantes nos resíduos recolhidos é um aspeto fundamental para a viabilidade e sucesso de todo o processo de compostagem. A Central de Valorização Orgânica da LIPOR, recebe, valoriza e transforma os resíduos alimentares e verdes recolhidos num Composto de elevada qualidade – o Nutrimais. Realizados diversos testes com embalagens classificadas como biodegradáveis/compostáveis, podemos constatar que, findo o processo de compostagem, os materiais não sofreram a decomposição necessária para garantir a qualidade do produto. Por este motivo apelamos a que os mesmos não sejam colocados no Contentor Castanho, mas no Compostor (caso faça Compostagem caseira) ou então no Lixo Comum. Em todo o caso, estamos atentos à melhoria da natureza compostável das embalagens colocadas no mercado, pelo que, caso esta recomendação se altere trataremos de a divulgar.