N-ODORES

No final de 2021, dada a importância do tema e, dando continuidade ao trabalho já desenvolvido, foi arquitetado um novo projeto a ser desenvolvido a nível nacional, aproveitando-se, assim, todo o conhecimento adquirido durante o projeto D-NOSES.

De facto, são vários os motivos que nos levam ao desenvolvimento de um novo projeto:
  • A inexistência de legislação nacional sobre poluição odorífera;
  • O "mau cheiro” ou o incómodo provocado por cheiro ser a segunda maior causa de reclamação das populações;
  • A desvalorização da importância dos odores na qualidade de vida das populações, de forma generalizada;
  • A gestão de odores, claramente, ainda não ser uma prioridade a nível nacional;
  • A preocupação e a vontade de gerir ainda melhor, e minimizar ao máximo os odores com origem na nossa atividade.
Assim, foi constituído, na LIPOR, um grupo de trabalho para delinear e estruturar um novo projeto sobre esta matéria, o N-Odores.
O principal objetivo do N-Odores é o desenvolvimento e a implementação de uma metodologia que permita avaliar e monitorizar os odores na atmosfera, e para isso, propomos o seguinte:
  • O acompanhamento e a contribuição para a definição de uma Estratégia Nacional de Odores;
  • A criação de uma rede nacional de gestão de odores;
  • A criação de um modelo de gestão de ocorrências/reclamações de incomodidade por odor a nível nacional;
  • O fomento e o acompanhamento do desenvolvimento de inovação tecnológica sobre a matéria;
  • Promover o conhecimento sobre odores e incrementar as competências necessárias para a adequada gestão de odores nos técnicos dos Municípios, das Juntas de Freguesias, das ONG e de outras empresas públicas e privadas;
  • Sensibilizar e chamar a População em geral para a participação ativa na gestão de odores, utilizando a ferramenta da Ciência Cidadã;
  • E, em particular, a gestão e monitorização de odores resultantes da atividade da LIPOR.
Missão do Projeto
O Projeto N-Odores tem como missão a promoção de conhecimento sobre a temática dos odores, dando contributos para uma futura Regulamentação a nível Nacional.

Visão do Projeto
Queremos desenvolver um modelo de gestão de odores que contribuía para a mitigação da poluição odorífera.


Os odores…

A problemática dos odores é um indicador civilizacional que na atualidade está em segundo lugar relativamente ao número de queixas ambientais por incomodidade, a seguir ao ruído. Por outro lado, a informação, o aconselhamento e a medição da poluição por odores pode ser difícil de encontrar e muitas vezes de se compreender.

Quando falamos de odores estamos a falar de um dos cinco sentidos que regulam a "sensorialidade” da espécie humana. Ancestralmente, o olfato foi um precioso contributo para a deteção, positiva e negativa, dos odores contribuindo para a evolução que se foi consumando e a perpetuação da existência da espécie, quer no respeitante ao prazer e satisfação, quer aos avisos e perigos.

Por outro lado, a questão dos odores em ar ambiente é algo complexo, pois pode variar com a diferente sensibilidade dos recetores próximos, com a localização (mais ou menos distante e a topografia) da fonte emissora e com as condições meteorológicas na envolvência.


Ciência Cidadã. Todos contam!

Salienta-se o papel importante da População neste tipo de projetos, e a utilização da ferramenta Ciência Cidadã, na partilha de informações úteis, sejam registos de odores ou disseminação de resultados, fundamentais para a elaboração de uma Carta de Odores e para tornar possível a tomada de decisões relativas à remediação de problemas relacionados com odores.

Uma das valências do Projeto N-Odores será utilizar a metodologia da Ciência Cidadã para motivar os cidadãos à participação e capacitá-los para alicerçar uma força motriz para a mudança. Serão utilizadas ferramentas de cocriação para mapear e medir os problemas de odores, e co-projetar soluções.

A Ciência Cidadã (CC) é para todos!

Utilizando o poder da população, a Ciência Cidadã permite a recolha em massa de observações, de conhecimento 
local e de verificação, de uma forma que não é possível nem viável à comunidade científica.
  • É por isso, uma forma flexível, simples, rentável e fiável de reunir evidências que deem resposta a uma questão específica demonstrando e solucionando uma situação particular.
  • É uma abordagem inovadora e efetiva que se baseia no envolvimento de pessoas em processos científicos, as quais não trabalham a nível profissional no respetivo estudo de campo. 
  • Aos cidadãos é dada a oportunidade de observarem o seu meio ambiente e partilharem informação.
  • A CC projeta a criação de conhecimento científico fora da ciência institucionalizada.
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